PERCEPÇÕES E DESAFIOS NA MIGRAÇÃO DE MULHERES BRASILEIRAS DO SUL DE MINAS GERAIS PARA A FLÓRIDA

  • Nara Fernanda Gonçalves Centro Universitário do Sul de Minas - UNISMG
  • Suzana Lopes Salgado Ribeiro Centro Universitário do Sul de Minas - UNISMG
  • Elisa Maria Andrade Brisola Centro Universitário do Sul de Minas - UNISMG
Palavras-chave: Estados Unidos, Mulher, Imigração, Desafio, Motivação

Resumo

O presente artigo tem como problema de pesquisa investigar quais as percepções no processo migratório de mulheres mineiras para os Estados Unidos, abordando quais os desafios que elas enfrentam, o que motivam a imigrar para os Estados Unidos, especialmente para a região da Flórida. A pesquisa teve como objetivo compreender as motivações e as experiências de mulheres mineiras no processo de deslocamento. O instrumento foi a realização de entrevistas com dez mulheres que migraram do sul de Minas Gerais-BR para a Flórida-EUA. Os dados coletados foram analisados pela técnica de triangulação, em qual articulação como narrativas, o contexto e diálogo com autores que estudam as temáticas emergentes das narrativas. Como resultados, percebe-se que as mulheres migram para os Estados Unidos em busca de melhores condições culturais, financeiras e sociais. Que apesar das dificuldades com a língua inglesa e de adaptação à nova cultura, elas não têm interesse em retornar para o Brasil. Atualmente o perfil da mulher imigrante é heterogêneo, vindo de diversas classes sociais e não mais relacionado à figura masculina como relatado no início do século passado.

Biografia do Autor

Nara Fernanda Gonçalves, Centro Universitário do Sul de Minas - UNISMG

Mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Gestão e Desenvolvimento Regional do Centro Universitário do Sul de Minas. Graduada pelo Centro Universitário do Sul de Minas em 2009.

Suzana Lopes Salgado Ribeiro , Centro Universitário do Sul de Minas - UNISMG

 É professora e pesquisadora. Graduou-se em História pela Universidade de São Paulo (bacharelado 1998 e licenciatura 2003). No programa de História Social - USP, fez mestrado (2002) e doutorado (2007 - com estágio na Columbia University-NY). É, atualmente, professora auxiliar nível II, da Universidade de Taubaté - UNITAU, onde integra o corpo docente do Mestrado Profissional em Educação (Linha: Inclusão e Diversidade Sociocultural) e do Mestrado em Desenvolvimento Humano (Linha: Desenvolvimento Humano, Identidade e Formação). É também professora do Centro Universitário do Sul de Minas, onde atua no Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional (Linha: Processos Formativos e Desenvolvimento).

Elisa Maria Andrade Brisola, Centro Universitário do Sul de Minas - UNISMG

Possui graduação em Serviço Social pela Universidade do Vale do Paraíba (1984); mestrado e doutorado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996 e 2003 respectivamente). Atualmente é professora assistente da Universidade de Taubaté. Tem experiência na área da politica de assistência social e saúde. Na UNITAU compôs o corpo permanente do Mestrado Interdisciplinar "Desenvolvimento Humano: políticas sociais e Formação", ministrando aulas e orientando alunos. No Centro Universitário Unis -MG participa como professora do corpo permanente do Mestrado em Gestão e Desenvolvimento regional.

Referências

ASSIS, G. O; SIQUEIRA, S. (2022). Mulheres migrantes no passado e no presente: gênero, redes sociais e migração internacional. Revista Estudos Feministas [online]. 2007, v. 15, n. 3, pp. 745-772. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2007000300015.

BLOEM, T. M. (2015).Impacts of Brazilian Businesses and Brazilian Immigrant Organizations in South Florida. Tucson: dissertação de mestrado em Artes. Universidade do Arizona.

BRASIL, Agência. (2022). Número de novos imigrantes cresce 24,4% no Brasil em dez anos. Agência Brasil, Brasília, 7 dez. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-12/numero-de-novos-imigrantes-cresce- 244-no-brasil-em-dez-anos.

CASTRO, J. Y. C. (2006). Ahora las mujeres se mandan solas: migración y relaciones de género en una comunidad mexicana transnacional llamada Pie de Gallo. 2006. 470f. Tese (Doutorado)

Universidad de Granada, Espanha, (2006. In: SALUM, Letícia Zamprônio. O potencial desenvolvimento humano de mulheres migrantes.

DE HAAS, H. (2010).Migration and development: a theoretical perspective. International Migration Review, v. 44, n. 1.

ESTADO DE MINAS GERAIS. (2023).O perfil dos imigrantes mineiros nos EUA está diferente; entenda. Disponível em:

<https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2021/03/08/interna_gerais,1244538/o-perfil-dos- imigrantes-mineiros-nos-eua-esta-diferente-entenda.shtml>. Acesso em fev. 2022.

GOZA, F. (1992). A imigração brasileira na América do Norte. Revista Brasileira de Estudos De População, 9(1), 65–82.

MAGALHÃES, V. B. (2003).Nota de pesquisa: Imigração Brasileira para o Sul da Flórida. Revista Projeto História, Sao Paulo, p. 283-294, 2003

MAGALHÃES, V. B.; CAMPOS, J. R. (2016) . Rostos Femininos nas Migrações Internacionais: mulheres brasileiras no Sul da Flórida. Travessia (São Paulo), v. XXIX, p. 27-52.

MAGALHÃES, V. B. (2011).O Brasil no Sul da Flórida: subjetividade, identidade e memória. São Paulo: Letra e Voz.

MAGALHAES, V. B. (2009). Uma brasileira no Sul da Flórida: reflexões sobre imigração e identidade. Oralidades (USP), v. 4, p. 1-20.

MARGOLIS, M. L. Goodbye. (2013). Brazil: emigrantes brasileiros no mundo. São Paulo: Contexto,

MASSEY, D. (2008).Worlds in Motion: Understanding International Migration at the end of Millenium. New York: Oxford University Press.

MASSEY, D. et al. The social organization of migration. Return to Aztlan, p. 139-171, 1987.

MEIHY, J. C. S. B; RIBEIRO, S. L. S. (2011). Guia prático de história oral: para empresas, universidades, comunidades, famílias. São Paulo: Contexto.

MOROKVASI?, M.(1984). Birds of passage are also women. The International Migration Review, v. 18, n. 4, p. 886–907.

MOROKVASI?, M. (2014). Gendering Migration. Migration and Ethnic Themes,v. 30, n. 3, p. 355-378.

ONU. (2022).Agência da ONU para refugiados. Disponível em: <https://www.acnur.org/portugues/>.

ONU – DEPARTAMENT OF ECONOMIC AND SOCIAL AFFAIRS. World Economic and Social Survey – 2004, p. 36. Disponível em: http://www.un.org/desa/analysis/wess/.

PESSAR, P. R. (2021).The linkage between the household and workplace of Dominican women in the U.S. The International Migration Review, New York, NY, v. 38, n. 4, p. 1188- 1211, 1984. In: SALUM, Letícia Zamprônio. O potencial desenvolvimento humano de mulheres migrantes. (E-book).

PORTELLI, A. (2010).Ensaios de história oral. São Paulo: Letra e Voz, 2010.

PORTELLI, A. (2017). História oral como arte da escuta. São Paulo: Letra e Voz, 2017.

PORTELLI, A., JANINE R., T. M. T., & Ribeiro Fenelón, R. T. D. (2012). O QUE FAZ A HISTÓRIA ORAL DIFERENTE. Projeto História : Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados De História, 14. Disponível em https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/11233.

RIBEIRO, S. L. S. (2009). Narrativas cotidianas: tramas que contam experiências de trauma e superação. Oralidades (USP), n.6-Jun-Dez/2009, p.33 - 48.

RODRIGUES, R. A; STREY, Marlene Neves; ESPINOSA, Leonor Cantera.(2009). Marcas do gênero nas migrações internacionais das mulheres. Revista Psicologia e sociedade.

SALES, T. (2009). “Brasileiros nos Estados Unidos”. In: I Conferência sobre as Comunidades Brasileiras no Exterior, Brasileiros no Mundo. Brasília: FUNAG.

SIQUEIRA, S. (2009).Sonhos, sucesso e frustrações na emigração de retorno:Brasil-Estados Unidos. Belo Horizonte: Argvmentvm.

SIQUEIRA, S; ASSIS, G. O; CAMPOS, E. C. (2010).As redes sociais e a configuração do primeiro fluxo emigratório brasileiro. Análise comparativa entre Criciúma e Governador Valadares. In: ABREU, Jean Luiz Neves e ESPINDOLA, Haruf Salmen (orgs.). Território, sociedade e modernidade. Governador Valadares, MG: UNIVALE.

SIQUEIRA, S. (2011). Imigração e retorno na perspectiva de gênero. In: PISCITELLI, Adriana; ASSIS, Gláucia Oliveira de; OLIVAR, José Miguel Nieto (Org.). Gênero, sexo, amor e dinheiro: mobilidades transnacionais envolvendo o Brasil. Campinas, SP: UNICAMP/PAGU.

SOUZA, L; FAZITO, D. (2017). Cultura migratória no município de Governador Valadares: uma análise da rede de significados e seus impactos nos fluxos migratórios internacionais; Revista Espinhaço, 2017, 6 (2): 47-64. Disponível em < https://zenodo.org/records/3955127.

Publicado
2024-06-13
Como Citar
Goncalves, N. F., Lopes Salgado Ribeiro , S., & Maria Andrade Brisola , E. (2024). PERCEPÇÕES E DESAFIOS NA MIGRAÇÃO DE MULHERES BRASILEIRAS DO SUL DE MINAS GERAIS PARA A FLÓRIDA. Revista Mythos, 21(1), 71-89. https://doi.org/10.36674/mythos.v21i1.850
Seção
Relatos de pesquisa